Matérias, textos, dúvidas, mentiras, verdades, anseios, bobagens, resenhas, poemas, uma miscelânea, uma mistureba.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Geração Zzzz....
Somos filhos de uma torre de babel capitalista, resultado de um século de excessos, de uma globalização nunca vista na história da humanidade. Olhando para trás, estudando a história, o ser humano nunca foi tão civilizado, (a fração ocidental; não religiosa/radical ao menos) a informação nunca esteve tão acessível, mirem os seus próprios pés, a internet mudou o mundo. O ser humano, ao contrário do que supõe a bíblia, começou torto, desde a primeira organização social, desde os primeiros raciocínios "homo sapiens" o homem foi sedento por guerra, por sangue, o que se seguiu a partir disto foi o resultado da ignorância racional do homem.... os gregos,e outros com certeza que desconheço, eram sábios,os orientais também, enfim, porém, outros líderes de outras terras os aniquilaram, culturalmente, religiosamente e fisicamente. O ser humano, tal como nos vemos hoje, tem o instinto carniceiro, é cruel, talvez essa visão seja do europeu conquistador do passado, porém foi isso, desde os assírios, carniceiros dos tempos pré babilônia, que inclusive tiveram seus líderes homenageados pela igreja católica como demônios, lideres tribais como Azazeu, Pazuzu e sei lá quem mais.....o que quero dizer é que vejo, nesse aspecto, que o ser humano nunca foi tão civilizado, sabemos, assistimos, em tempo real, problemas e tudo o mais que acontece em qualquer lugar do mundo, apesar da distorção parcial de vários meios de comunicação, jornalistas, etc, porém com a internet você, pessoa, pode pesquisar, estudar, ouvir, provar o que quiser, o que existe disponível. Por mais merda que nos enfiem goela abaixo, já foi muito pior, hoje vivemos em uma geração absurdamente privilegiada, porém junto com esse poder de comunicação vem a apatia gorda e preguiçosa, o gosto pelo retrô, um vazio. O ser humano é triste e vazio, pois pensando ele não aceita a razão de sua existência, que é apenas existir. Espero que em breve haja uma revolução, um "bug", uma organização intercontinental, que nos faça aprender que o sentido é harmonizar, é alimentar, é gozar e brincar. Um verdadeiro sábio do século XX disse, "Não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta eu sei, será a pau e pedra". Isso resume tudo, essa será nossa consequência.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Perfume
Fantástico filme!
Em uma pútrida França do século XVIII nasce Jean Baptiste Grenouille, um sobrevivente, de uma mãe acostumada a parir na feira e empurrar o feto junto com os outros dejetos sarjeta a fora.

Inspirado no romance alemão Das Parfum, do escritor Patrick Suskind, o filme contém a clássica jornada do mártir, tal como Jesus, Maomé e também Neo (Keanu Reeves) de "Matrix", o personagem subjugado, escravo, ( ok, o Neo não era um fudido como esses, mas a parte do "mártir" confere) genial e com um dom inigualável, porém nesta película o jovem não salva ninguém, na verdade, como no título, se trata de uma estória sobre assassinato, uma série deles na verdade.
De qualquer maneira, o filme me surpreendeu, e muito, com uma trilha linda e com um cenário e climas dignos da idade média e um final delirante, a única coisa, talvez negativa, foi o fato de as personagens não falarem francês, e sim inglês, mas isso não altera a qualidade artística desta obra.
Para quem gostou de "O Libertino", com Johnny Depp, esse é um prato cheio, sensacional!!
Curiosidade: A música "Scentless Apprentice" da banda Nirvana é totalmente inspirada no livro, que segundo Kurt Cobain, era um de seus preferidos, outros músicos, tal como Marilyn Manson, a banda Rammstein, a banda Moonspell, etc, tem canções inspiradas na obra.
Alemanha 2006
Direção: Tom Tykwer
Sobre as recentes manifestações em Porto Alegre
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Batman: The Dark Knight Rises

Se juntarem todos os filmes feitos até hoje sobre o Cavaleiro das Trevas em um teste de qualidade, todos juntos não competem com um terço desta recente trilogia que conhecemos. Sou contra fanatismo, absolutamente, mas essa é minha opinião.
A questão política evidente e clara no filme instiga, relembra a população do sentido da revolução, faz-se clara a causa de Bane, coerente e política, tendo como causa uma mudança radical no sistema, implantando temporariamente o anarquismo geral, povo manda, porém ele é cruel, assassino, disposto a sacrificar quantas vidas forem necessárias a fim de mudar; destruir o sistema. O plano, o projeto da revolução, é genial, te instiga mesmo, como se te mostrasse como fazer uma revolução nos tempos de hoje, porém também é sanguinária, cruel e por ora também injusta, tendo como ferramentas mãos operárias, de soldados ignorantes, mais cruéis ainda que a causa em si, ilustrando também que uma revolução popular, anarquista, reverbera uma reação em cadeia irracional, pois o homem, nesse frenesi extasiado, impulsionado pela emoção, esquece os valores políticos e sociais e acaba transformando tudo em carnificina. A emoção descontrolada anula qualquer discernimento racional, um plano pensado racionalmente e praticado no desespero não tem sentido.

Bane: Que não impõe leis à revolta popular, que ama, que quer a revolução por meio da destruição e reestruturação, anarquista, terrorista...Saquei isso, mas assim são os americanos, toda revolução é terrorista, esse termo hoje generaliza e esse sempre foi o papel dos heróis em quadrinhos, salvar o mundo dos terroristas, salvar a sociedade e manter o sistema. Stalins, Hitlers, Banes, é pura e simples publicidade americana, sempre foi, apenas mudam-se com o tempo as figuras oponentes, por isso o Coringa é o mais admirado, pois é o mais fantasioso, é o caos sem causa, é só loucura e diversão, Bane é um problema sério, muito mais perigoso e real, como fora outros no passado, é um inimigo político, revolucionário. Enfim, o Batman é apenas o "melhor desses heróis", mais instigante, mais escuro, mais foda apenas que esses Super Aranhas X comerciais, mas ainda é um super herói americano, a ideia de inimigo, terrorista, apenas modernizou-se, assim como as discussões.
Santo Antônio da Patrulha
Onde todos são anônimos,
Onde todos se hipnotizam em frente a caixa de luz azul com o
botão mágico,
Onde a etiqueta vale mais que a camiseta,
Onde não há sonhos nem esperanças,
Onde os fracos pensam ter a vez,
Onde esses fazem as leis que não servem nem a eles mesmos,
Onde os sapos gordos expôem suas barrigas e isso é motivo de
orgulho,
Onde a morte respira nas praças e fundos de escola,
Onde a arrogância é proporcional a ignorância que é
proporcional ao vazio gigante que há de engolir tudo de uma vez,
Onde não há fim nem
começo e tão pouco meio,
De onde quero fugir,
De onde quero te salvar e não posso,
De onde não vim e não vou voltar.
Capitão Rodrigo

Em um formato musical que contém acordeon e
sax fazendo aqueles acordes menores milongueiros, um baixo e bateria bastante
swingados, guitarra roqueira e letras divertidas e inteligentes, que protestam e que fazem alusão direta com o mestre literário da obra que dá nome à banda, a Capitão
Rodrigo inova, contendo em suas canções ritmos que vão do rock, do blues a milonga, polca,
valsa, funk e soul, apresentando também uma estética cênica muito bela e
interessante, fazendo uso de um cenário que ilustra particularmente cada música
no show, tendo em seus músicos a expressão performática digna de atores que
são, uma ótima e particular descoberta, orgulho deste pago. Criar é misturar,
misturar é inovar e inovar é fazer arte.
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