quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Batman: The Dark Knight Rises


 Gosto não se discute, todos têm o direito em opinar e é natural que opiniões divergiam -se,  mas em relação aos "Heróis dos Quadrinhos", todos eles foram feitos através de interpretações artísticas. Com o passar de uns 80 anos, muitos roteiristas e quadrinistas interpretaram e criaram em cima dos originais, e no cinema não é diferente. Em questão à essa trilogia de Nolan, a crítica é bem vinda, óbvio, mas desde que seja coerente, porém o que vejo muito são pessoas criticarem apenas para se "diferenciarem" de um senso comum, pra mim, é o mesmo que dizer que Jimi Hendrix, The Beatles, Pink Floyd, Al Pacino e Quentin Tarantino são lixo, simplesmente porque alguns milhões de pessoas, de várias gerações, pensam da mesma forma sobre os mesmos. A unanimidade é burra? Talvez, porém o óbvio é unânime, pois é evidente e claro, assim não pode ser burro. O óbvio não é burro porque é unânime.
Se juntarem todos os filmes feitos até hoje sobre o Cavaleiro das Trevas em um teste de qualidade, todos juntos não competem com um terço desta recente trilogia que conhecemos. Sou contra fanatismo, absolutamente, mas essa é minha opinião.
A questão política evidente e clara no filme instiga, relembra a população do sentido da revolução, faz-se clara a causa de Bane, coerente e política, tendo como causa uma mudança radical no sistema, implantando temporariamente o anarquismo geral, povo manda, porém ele é cruel, assassino, disposto a sacrificar quantas vidas forem necessárias a fim de mudar; destruir o sistema. O plano, o projeto da revolução, é genial, te instiga mesmo, como se te mostrasse como fazer uma revolução nos tempos de hoje, porém também é sanguinária, cruel e por ora também injusta, tendo como ferramentas mãos operárias, de soldados ignorantes, mais cruéis ainda que a causa em si, ilustrando também que uma revolução popular, anarquista, reverbera uma reação em cadeia irracional, pois o homem, nesse frenesi extasiado, impulsionado pela emoção, esquece os valores políticos e sociais e acaba transformando tudo em carnificina. A emoção descontrolada anula qualquer discernimento racional, um plano pensado racionalmente e praticado no desespero não tem sentido.

Bane: Que não impõe leis à revolta popular, que ama, que quer a revolução por meio da destruição e reestruturação,  anarquista, terrorista...Saquei isso, mas assim são os americanos, toda revolução é terrorista, esse termo hoje generaliza e esse sempre foi o papel dos heróis em quadrinhos, salvar o mundo dos terroristas,  salvar a sociedade e manter o sistema. Stalins, Hitlers, Banes, é pura e simples publicidade americana, sempre foi, apenas mudam-se com o tempo as figuras oponentes, por isso o Coringa é o mais admirado, pois é o mais fantasioso, é o caos sem causa, é só loucura e diversão, Bane é um problema sério, muito mais perigoso e real, como fora outros no passado, é um inimigo político, revolucionário. Enfim, o Batman é apenas o "melhor desses heróis", mais instigante, mais escuro, mais foda apenas que esses Super Aranhas X comerciais, mas ainda  é um super herói americano, a ideia de inimigo, terrorista, apenas modernizou-se, assim como as discussões.

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