quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Canção de Amor

Eu sei que já disse que não queria mais nada disso
Todos passamos por momentos ruins
Eu sei que quero estar sempre mudando
Não quero mais ter receio
Não vou mais imaginar o fim

É tudo tão bom, lindo, nesse sonho veloz
Mas o hiato também nos aproxima, nos faz viver
E no próximo beijo
O amor é ainda maior

E até nos momentos que quero estar sozinho,
Ou estou na noite embriagado
Saiba que eu estou com você

E quando estúpido eu conjeturo teu passado
Lembro teu sorriso, no presente
Que põe minhas bobagens de lado

E se tremo, às vezes, por questionar o sentido
Lembro da nossa felicidade, de nossos prazeres
E essa angústia passa, pois de novo tu estás comigo

Um Poeta

O (oh!) que é?
Mas que merda é um poeta?
Um sopro? Um medo?
Uma dor? Um porre?
O fim? O começo?
Alguma coisinha? Algo amargo?
Algo simples? Tudo? Nada?
Nada é tudo, tudo não faz sentido

O poeta é o nada, o tudo
O mundo, o moribundo
O infeliz, o sortudo
O nada é tudo
O surdo é mudo
O medo é o absurdo
O fim é o segundo.
O segundo de uma contagem infeliz infinita
O tempo de um absurdo
O amor de um moribundo
O poeta é o submundo
O ridículo, o inoportuno
O imprevisível, o inseguro
O nada, o tudo
O meu absurdo
O meu desconforto, o meu infortúnio
A minha vida, o meu túmulo.