O (oh!) que é?
Mas que merda é um poeta?
Um sopro? Um medo?
Uma dor? Um porre?
O fim? O começo?
Alguma coisinha? Algo amargo?
Algo simples? Tudo? Nada?
Nada é tudo, tudo não faz sentido
O poeta é o nada, o tudo
O mundo, o moribundo
O infeliz, o sortudo
O nada é tudo
O surdo é mudo
O medo é o absurdo
O fim é o segundo.
O segundo de uma contagem infeliz infinita
O tempo de um absurdo
O amor de um moribundo
O poeta é o submundo
O ridículo, o inoportuno
O imprevisível, o inseguro
O nada, o tudo
O meu absurdo
O meu desconforto, o meu infortúnio
A minha vida, o meu túmulo.
Muito, muito bom! Adoro o uso de ideias contrastantes em poemas, me lembrou "O Mínimo do Máximo" do Paulo Leminski:
ResponderExcluir"Tempo lento,
espaço rápido,
quanto mais penso,
menos capto.
Se não pego isso
que me passa no íntimo,
importa muito?
Rapto o ritmo.
Espaçotempo ávido,
lento espaçodentro,
quando me aproximo,
simplesmente me desfaço,
apenas o mínimo
em matéria de máximo."
Parabéns pelo maldito dom poético! Um abraço
Porra Felipe, me sinto lisonjeado!!!
ExcluirGrande poema este do Leminski, não o conhecia. Gosto muito também de Augusto dos Anjos e Fernando Pessoa, pra citar os de língua portuguesa.
Um grande abraço pra ti e obrigado!!