sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"Bandido bom é bandido morto"

 Um favelado, negro, fumador de pedra que assalta com uma faca, não é menos bandido que um general de dez estrelas que mata milhares, ou melhor, que manda matar, de forma fria e assassina, pelo bem da ordem mundial. 
 Ou ainda, que um advogado corrupto que explora famílias em busca de “justiça”, ou menos bandido que prefeitos, vereadores, deputados, que desviam, alteram, infringem a lei que eles mesmos criaram para beneficio deles mesmos, ou bancários e empresários que abusam do lucro, pois sempre precisam lucrar mais e pagar menos. Também não é menos bandido que muitos laboratórios que investem mais em publicidade, em associações com jovens médicos, oferecendo-lhes benefícios e regalias em troca da venda de seus produtos, do que investem em pesquisas, pois aqueles não trabalham para quem está adoentado, mas sim para quem pode pagar. 
 
 Para haver um bilionário é necessário haver muitos milhões de miseráveis. 

 A publicidade obriga o consumo, mas a economia o proíbe. 

 O consumismo e o modismo querem tornar todos iguais, padronizados pelos ricos, frustrando os pobres, aprisionando a todos. Os da classe média querem o que não têm, escravos do fim do mês e do cartão de crédito. Os ricos, prisioneiros de suas celas pessoais, de imponentes casas cercadas por muros, com seus seguranças, suas tecnologias de ponta, são escravos do individualismo, do medo. E os de baixo, escravos da fome, da ignorância, da perseguição policial, pois nem o direito de ser pobres estes têm, lhes resta comer o que cai da mesa, massacrados pelos ricos, ignorados por todos. 

 Os países responsáveis pela paz mundial são os que mais armas químicas possuem, e os que mais as usaram e os que mais guerras travaram. 

Não há justiça neste mundo sem pé nem cabeça. 

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