Vejo as ruas repletas de zumbis, marionetes, sem
futuro e sem passado, uma colmeia cretina, soberba e nojenta, todos girando
incessantemente na roda da loucura, a roda assassina da verdadeira vida, do
sentimento, da razão, e o pior é que me vejo nela, girando como em um coma
estável, no ritmo de todos, sem me sobressair, sem me afastar, sem conseguir
respirar em um mundo próprio, livre dessa peste nociva que é a sociedade. Se
tudo acabasse mesmo neste ano cristão de 2012, eu acenderia e daria uma boa tragada,
um golaço daquela boa, porém desgraçada cachaça patrulhense e sorriria... seria
só o fim, mais um fato, tão vazio quanto o começo, só o fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário