terça-feira, 30 de junho de 2015

Transcendence - A Revolução - 2014

 Com uma atuação minimalista de Depp, porém com um roteiro que impressiona nos detalhes
científicos, o filme aborda mais uma vez o tema acerca da inteligência artificial e as possíveis consequências destrutivas dessa tecnologia, tema este tão explorado na década de 80, mas que retorna com força no século XXI. Talvez desde a aclamada trilogia Matrix, ou alguma obra específica de Spielberg, não via-se tamanha precisão na projeção distópica de um futuro onde as máquinas, apoiadas pela capacidade autônoma de tomada de decisões, superam em muito as qualidades humanas de construções tecnológicas, baseadas na nanotecnologia e na cibernética em geral. A trama tem clichês, como a relação amorosa em paralelo à tensão sobre o futuro da humanidade, porém levanta questões sobre a possibilidade de uma mente consciente, criada em computadores, ou como no caso do roteiro, questiona como uma mente humana, copiada para uma máquina, uploadeada e permanentemente conectada à internet, goza de um poder absoluto, com acesso total a bancos de dados de todo o planeta, tal como um deus onipresente em toda a rede, onde os humanos seriam semelhantes a nada mais do que animais de estimação; operários a serviço da causa maior da transformação total do mundo tal como conhecemos, em benefício do desenvolvimento dessa inteligência e seus objetivos globais, transcendendo a vida e a existência da humanidade para, portanto, uma nova forma de vida e de existência aperfeiçoada. Levanta também as questões sobre a afirmação da auto consciência, e ainda, resgata mais uma vez os grupos entusiastas contrários ao avanço da tecnologia, que na trama, obviamente, são tratados como terroristas. 
 Além de Johnny Depp no papel principal, o elenco conta ainda com Paul Bettany (O Código Da Vinci; Uma Mente Brilhante), Morgan Freeman, Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona), Cillian Murphy (Batman Begins; Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge) e Kate Mara (American Horror Story), o filme ainda tem a produção executiva de Christopher Nolan (Trilogia Batman) e conta com a estreia como diretor de Wally Pfister, que assina a fotografia de várias das obras de Nolan.
 Um ótimo filme de ficção científica, levantando vários questionamentos filosóficos acerca dessas possibilidades tecnológicas e suas assustadoras consequências.

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